Sempre amei dançar desde que eu era pequena. Dançar é uma arte única que exige apenas a entrega sincera. Dançar é minha paixão e mudou minha vida de várias maneiras. Eu danço porque não há nada que possa envolver-me fisicamente, emocional e socialmente como dançar. É uma jornada de crescimento que me ajuda a entender o mundo de uma perspectiva diferente.
Cada um de nós é um centro móvel, um espaço de mistério divino. E embora passemos a maior parte do nosso tempo na superfície de nossos detalhes diários de uma existência comum, a maioria de nós tem vontade de se conectar a esse espaço de dentro, de atravessar a felicidade, de ser varrido para algo maior do que nós. Quando jovem, a dança do ventre me levou a uma transição do mundo das etapas e estruturas para o mundo da transformação e do transe apenas pela exposição ao som vivo do tambor, do derbak. As batidas, os padrões, os ritmos continuaram me chamando mais e mais fundo para dentro de minha dança. Sendo jovem e me sentindo com o espírito livre, não me atentei que, para entrar em lugares profundos e extasiantes, eu teria que estar disposta a transformar absolutamente tudo o que aparecesse em meu caminho. Isso incluiu todas as formas de inércia: a inércia física de músculos apertados e estressados; a bagagem emocional de sentimentos deprimidos e reprimidos; a bagagem mental de dogmas, atitudes e filosofias. Em outras palavras, eu teria que deixar tudo e ir - tudo. Embarcar numa incrível jornada de autoconhecimento e constante transformação. A dança do ventre de me ajudou viver a vida de maneira livre e leve. Aprendi a responder às mudanças nas circunstâncias da vida. Aprendi a ouvir minhas emoções e a entender meus sentimentos. Dançar é profundamente pessoal e, certamente, é uma expressão de algo dentro de nós. A dança do ventre me ajudou a acessar e expressar meu ser interior.
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Histórico
Janeiro 2018
Categoriasby Dani Camargo
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